Relato sobre Mídias e suas Convergências
Relacionadas às minhas vivências e práticas pedagógicas
Norma Denise Macedo de Paula
Pós em Mídias na Educação
UAB/UFPel
Polo Arroio dos Ratos/2012
As mídias entraram em meio a todos os setores da sociedade no início do século passado, com a explosão do rádio, logo após, em meados do mesmo século XX surge a TV, com canais abertos a população. Até o momento, a sociedade era meramente expectadora. Neste mesmo período o telefone aparece, com centrais de telefonia, onde as ligações eram controladas por um profissional que as intercalava utilizando-se de um painel de telefonia (um painel cheio de botões onde cada um correspondia a um número de telefone particular). Aparece a mediação de forma controlada da sociedade brasileira.
Em meados do século passado, aparecem os computadores, monstruosamente grandes e utilizados em empresas e indústrias de grande porte, com a finalidade de armazenamento de dados, meramente esta função.
Nos anos 80 surgem à telefonia móvel, aparelhos grandes e pesados que as pessoas tinham dificuldade em transportar, normalmente levavam nas bolsas ou suportes para colocá-los nos cintos masculinos.
No final dos anos 80 início dos anos 90, a internet, que até então muito pouco se ouviu falar, começa a ser popularizada. No início a utilização da internet era provida apenas de sites de pesquisa, mais científicas e direcionada a um público bem seleto, devido ser um grupo de pessoas de maior poder aquisitivo. Hoje ampliou suas configurações e o acesso à internet, também criou uma vasta amplitude de popularização. A programação destes computadores era realizada com programas específicos para o propósito de necessidade da firma, como por exemplo, a programação COBOL.
Aos poucos, porém muito rapidamente, todas estas mídias foram se entrelaçando em suas funções. O telefone móvel, hoje chamado de celular, tornou-se mais leve e prático, também as suas funcionabilidades desenvolveram com uma amplitude enorme. Hoje os celulares desenvolvem diversas funções e não mais apenas o trivial de ligar e receber ligações, e sim através deste você pode assistir TV, entrar na internet, enviar e receber mensagens, filmar, fotografar, e tantas outras funções.
Os recursos tecnológicos desenvolvem-se diariamente através de pesquisadores de empresas especificas que criam novos dispositivos digitais, bem como softwares educacionais. Grande contribuição como ferramentas para professores e alunos na construção do conhecimento. Posso citar Duda Library, que se utiliza de seu site para fornecer materiais, idéias e atividades pedagógicas de excelente qualidade.
Não necessariamente devemos nos tornar um e-liarning para transformar nossas aulas interessantes, mas transformarmos e adaptarmos com criatividade o que já existe a nossa realidade cultural dentro de nossas atividades pedagógicas.
Na educação, as tecnologias já fazem parte da nossa realidade diária. Nossos alunos tem contato com as mesmas desde muito pequenos e sabem desenvolver suas atividades com muita habilidade dentro dos parâmetros da nova sociedade cultural e digital. Cabe ao professor tornar-se um profissional antenado. “Realizando o teste exposto no site educar para crescer – da Editora Abril, percebi, que mesmo dentro das limitações expostas pelos dirigentes da escola onde atuo, consigo ser uma profissional bem antenada” – Norma Denise.
As práticas pedagógicas exercidas em sala de aula, bem como na elaboração das mesmas, deve ser bem planejadas, com focos e objetivos bem determinados, jamais se esquecendo de para quem esta aula está sendo planejada, portando adequada a realidade. As vivências devem ser valorizadas e trabalhadas dentro dos contextos que irão ser desenvolvidos. Devido à sociedade brasileira dos dias de hoje estarem acompanhando de forma rápida e precisa as novas tecnologias, estas devem ser levadas em consideração na hora da elaboração dos materiais didáticos para a sua aula tornar-se mais atraente.
Ao elaborar uma aula procuro sempre encontrar o ponto de equilíbrio entre as vivências dos alunos, a faixa etária, a metodologia e os recursos que irei utilizar e o conteúdo que será desenvolvido. Tenho por hábito trabalhar com projetos. Normalmente, crio um projeto anual e logo após subprojetos de acordo com os dados citados acima.
Não se abandona o lúdico na infância, apenas se adapta as novas tecnologias. Como as mesmas são muito úteis, intercalo o material concreto correlacionando com as práticas de utilização das mídias.
Com a convergência das mídias, abrem novas formas de se interagir e trabalhar dentro da educação, visto que os nativos digitais, praticamente nascem sabendo utilizar as mesmas.
Diante da grande convergência de mídias existentes nos dias de hoje, diversos especialistas discutem sobre o papel da educação na sociedade, mas uma coisa não muda, o professor é fundamental, tanto no presencial como na EAD. E este profissional não deixará de existir, porém o que de fato ocorrerá, são aqueles que se negam de compreender este novo paradigma da educação e no mínimo, se atualizar, será um profissional obsoleto em breve. Por este motivo creio ser a grande resistência de alguns, pois não querem destinar parte de seu tempo para atualizar-se, ou nem intenção tem da mesma, portanto estes ficarão a mercê de uma extinção social.
Podemos fazer parte da geração digital, não como nativos, porém como imigrantes digitais. Com a praticidade dos sites de relacionamento e sites de busca podemos nos iterar de todas as novidades em tecnologias educacionais. Uma dica que utilizo muito são os grupos de estudos dentro dos sites de relacionamento onde professores e especialistas em educação trocam informações constantemente sobre seus trabalhos e desenvolvimentos educacionais, bem como webconferência e postagens de materiais explicativos, teóricos e de discussões.
Uma proposta já bem utilizada é a webconferencia e a webinar que nos dão a oportunidade de debatermos um assunto diretamente com as pessoas envolvidas nos mesmo interesses educacionais.
Os hipertextos e hipermídias nos possibilitam interagir diretamente, conteúdo e sala de aula virtual com nossos alunos. Propor a eles a construção de um texto coletivo e/ou uma pagina exclusiva da turma para que possam trocar informações com o professor e com seus colegas, torna-se bem mais interessante que formar um texto convencional no caderno, na lousa; a não ser que esta lousa seja digital e que cada aluno tenha acesso a um computador exclusivo em sala de aula, mas esta realidade existente em diversas partes do mundo, até mesmo nos grandes centros brasileiros, não condiz com a realidade de pequenas cidades, menos ainda com a realidade da escola pública de modo geral.
No site “http:penta3.ufrgs.br/animações/interaçãointeratividade.swf” possui um material divertido, animado sobre interação e interatividade de excelente compreensão a todos. Nele encontrei um assunto que considero ser bem interessante, as dinâmicas de grupo, cujo ao qual me referia no parágrafo anterior com a exemplificação do texto colaborativo. No mesmo site, cita que “Para que exista a interação entre os alunos, a aprendizagem precisa ser colaborativa.” O site também cita, de acordo com Primo “Elas envolvem cooperação e competição; comunhão, diversidade e individualismo; integração e desintegração”, quando se refere à interação humana.
Observando os novos paradigmas da educação e as mídias, bem como as hipermídias e suas convergências, creio ser importante citar que uma aprendizagem colaborativa desenvolve no aluno o gosto de aprender a aprender, construindo um pensamento crítico e aberto a todas novas possibilidades educacionais existentes para sua aprendizagem, transformando ações construtivas em práticas vivenciadas, construção dos saberes.
Obs.: Também li o material disponibilizado na plataforma moodle do site do Pós em Mídias na Educação da UFPEL:
Referências Bibliográficas:
Futuro, S. p. (2011). Cibercultura- o que muda na educação.
PierreLévi. Cibercultura.
Prenski, M. (2001). Nativos Digitais Imigrantes Digitais.
Wolynec, E. (2007). A Educação na Era da Interatividade.
Sites: