segunda-feira, 11 de junho de 2012


A Dinâmica Educacional da 1ª série do Ensino Fundamental
Norma Denise Macedo de Paula
Mídias na Educação
UFPEL/UAB
Polo de Arroio dos Ratos/2012
O texto subsequente tem por objetivo disponibilizar aos alunos da Licenciatura em Educação do Campo um estudo sobre as práticas pedagógicas exercidas pelos professores da 1ª série do ensino fundamental, incorporando este estudo às vivências no campo e nas escolas rurais.
As crianças constroem em suas vivencias práticas de leitura e escrita que devem sempre ser levadas em consideração pelos professores na elaboração de uma aula.
O período de alfabetização de uma criança é construído dentro de seus conhecimentos empíricos e com as novas experiências formuladas e mediadas por seus professores.
O lúdico está presente nesta proposta do cotidiano de uma aula de primeira série do ensino fundamental. O aluno aprende o que constrói com base no que experiência e visualiza.
Ainda hoje é muito utilizado o método meramente tradicional na construção da leitura e da escrita. Engana-se quem diz que os métodos tradicionais devam ser abandonados literalmente, porém temos a obrigação como educadores e mediadores de criarmos novas propostas frente ao que já temos como material concreto testado e aprovado, ou seja, construir situações onde o aluno deverá pensar refletir e concluir, repetindo estas ações até que construa sua aprendizagem e esteja alfabetizado.
Estar alfabetizado não quer dizer estar letrado, pois a alfabetização apenas coloca o aluno frente aos ícones utilizados para efetuar a leitura e o aluno estar letrada, significa que o mesmo está pronto para interpretar e construir sobre suas interpretações.
Muito importante termos em mente que nosso aluno deve, durante todo o ciclo fundamental estar alfabetizado em todas as áreas e letrado, para que possa realizar suas escolhas de vida e torne-se um indivíduo capaz de interpretar sua própria vida e coordená-la, tornando-se um cidadão.
Segundo Vygotsky, o elemento fundamental de sua interpretação da cognição humana como atividade mediadora, nos oferece uma chave valiosa para compreendermos como se integra os processos de ensino, aprendizagem e desenvolvimento.
Dentro dos níveis da alfabetização, os mais conhecidos e trabalhados pelos professores de 1ª série do ensino fundamental são justamente o pré-silábico e o silábico.
O período pré-silábico, é aquele em que o aluno consegue reconhecer e escreve de acordo com o número de sílabas que a palavra sugerida fornece, por exemplo: BATATA a criança escreve, BTT e lê batata.
No período silábico é quando a criança já lê e escreve palavras simples sem dificuldade de compreender que a sílaba é composta de mais de uma letra, porém nem sempre ela reconhece o que significa a palavra sugerida.
O aluno alfabetizado e letrado, normalmente isto ocorre ao final do segundo ano do ensino fundamental, é aquele que escreve, lê e interpreta o que a palavra significa, e ao final do terceiro ano inclui esta palavra no contexto de seu meio social.
Hoje a criança integra a escola com conhecimento sobre as mídias mais utilizadas pelos adultos que a rodeiam em seu meio social, como celulares, computadores, internet, televisão (quase sempre canais abertos), laptops infantis educativos (que os pais compram de presente para seus filhos em lojas e magazines). Diante desta realidade é contraditório o professor ficar alheio à existência destes meios e querer que a aula torne-se atrativa ao aluno sem que ele acesse estes meios na construção de sua aprendizagem. No meio rural também a tecnologia se faz presente, pois os pais utilizam a mesma, ou o patrão do pai para o controle de rebanhos e safras, a criança vivencia, tirando fotos em câmeras digitais e brincando de faz de conta.
Aliás, a aprendizagem é construída como um faz de conta, meio estilo Monteiro Lobato em suas criações ao escrever e proporcionar a maravilha do século passado em formato de literatura infantil e infanto-juvenil, O Sítio do Pica-Pau Amarelo.
Segundo quando se refere as colocações de Papert, os computadores podem auxiliar no desenvolvimento da capacidade intelectual das crianças, mas não substituem o papel de mediação exercido pela atividade de docência.
Segundo Levy, a terceira constatação é o ciberespaço, interconexão dos computadores do planeta, simulações interativas, o que tende a se tornar a maior infraestrutura da produção, da gestão e suporte tecnológico que ampliam muitas funções cognitivas humanas.
Um dos problemas ainda encontrados pelos professores, que os angustia é a homogeneização dos alunos em suas turmas regulares. Com os privilégios de algumas leis a pouco promulgadas, finalmente entramos em uma nova era de inclusão. Porém os professores de um modo geral ainda se sentem despreparados para tal função. Mas cremos que no decorrer dos anos todos tenham acesso a atualizações e especializações dentro das diversas áreas que a inclusão requer principalmente aos professores das séries iniciais do ensino fundamental.
Somos diferentes e graças a Deus, seria chato se fossemos todos iguais. Portanto em uma turma de sala de aula de qualquer série temos diversas realidades e diversos alunos com diversas vivências e situação diferenciada não pode elaborar uma aula para uma turma homogenia, pois esta não existe. Temos que estar atento ao planejar e nos inteirar de todos o contexto social econômico de nossos alunos e não somente ao conteúdo que está explicito a ser trabalhado na referida série em que irá desenvolver seu trabalho.
O professor de 1ª série é admirado, idolatrado por seus alunos, pois nesta fase o aluno está construindo sua personalidade e desta seguirá para toda vida, por isso torna-se responsável por todos seus atos e palavras expressadas e dirigidas aos educandos. Envolvidos com o tema abordado neste texto os alunos agora deverão postar uma análise comparativa do mesmo frente as suas realidades de sala de aula
Referência BibliográficaFerreira, Ana Lucia Duarte – Alfabetização e Informática Educativa - UFRGS